O gráfico de burndown representa a relação entre o trabalho a ser feito e o tempo necessário para executá-lo. Pode ser útil principalmente para equipes que trabalham em sprints, pois efetivamente mostra se os prazos poderão ser cumpridos. Descubra como criar um.
A sua segunda-feira começa com uma reunião do sprint e você descobre que houve um problema com o desenvolvimento, o que poderá atrasar o trabalho por alguns dias. Você se pergunta: será que teremos tempo hábil para finalizar tudo até à próxima semana?
Muitos já enfrentaram uma situação de prazos apertados como essa, e encontrar tempo suficiente na programação da equipe para concluir o projeto pode ser um grande desafio. É aí que entra o gráfico de burndown.
Este tipo de gráfico nos ajuda a analisar o trabalho que precisa ser feito em relação ao tempo necessário para executá-lo. É uma ferramenta excelente para visualizar e gerir melhor a carga de trabalho da equipe a fim de priorizar a sua programação. Vamos nos aprofundar sobre o que é o gráfico de burndown e como criar um.
É uma representação visual do trabalho remanescente em relação ao tempo necessário para concluí-lo. Ao estimar o tempo de execução das tarefas, problemas e testes, podemos determinar a data de conclusão do projeto.
Usamos o gráfico de burndown para calcular de forma eficiente se a equipe terá tempo hábil para concluir o trabalho, e geralmente usamo-lo em iterações curtas. Ele não só ajuda a determinar as datas de conclusão do projeto, como também oferece insights sobre o funcionamento da equipe.
Há dois tipos de gráficos de burndown: de Agile e de sprint. O gráfico de burndown de Agile é usado por equipes Agile para possibilitar o progresso mais rápido das tarefas. Já o gráfico de sprint é usado por equipes de desenvolvimento ao trabalhar em sprints curtos.
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Conduza equipes Agile com a AsanaO gráfico de burnup é usado para acompanhar o volume de trabalho que foi concluído. Ambos os gráficos de burndown e burnup nos mantêm informados sobre os diversos elementos de um projeto, por isso costumam ser usados em conjunto.
No gráfico de burndown, traçamos o volume estimado do trabalho que precisa ser feito em relação ao tempo necessário para concluir este trabalho. O objetivo é mostrar uma distribuição precisa do tempo e facilitar o planejamento para recursos futuros.
Diversos tipos de equipes usam o gráfico burndown, mas as equipes Agile ou ágeis o utilizam com mais frequência. Isso porque estes gráficos são melhores para analisar iterações curtas, como os sprints. Agora que você já sabe como o gráfico de burndown funciona, vamos descobrir como interpretá-lo.
O gráfico de burndown tem vários componentes diferentes. É importante entender cada uma das partes que o compõe para que possamos interpretar e criar um de forma eficaz.
Geralmente, um gráfico de burndown inclui:
Eixo X (horizontal): é o eixo que representa o tempo que resta para concluir o projeto. Normalmente é apresentado em dias.
Eixo Y (vertical): é o eixo que representa o esforço remanescente necessário para concluir o projeto.
Linha de trabalho real: representa o trabalho remanescente real. É, muitas vezes, diferente da estimativa inicial, pois imprevistos surgem e o tempo necessário para concluir o trabalho aumenta. A linha de trabalho real pode ser reta em alguns casos, mas tende a ser menos linear devido a problemas no projeto e trabalhos não previstos.
Linha de trabalho remanescente ideal (trabalho estimado): representa o volume de trabalho estimado em um cenário ideal. Costuma ser uma trajetória mais reta do que a linha de trabalho real.
Story points: equipes Agile geralmente usam story points para estimar o trabalho restante. Em um gráfico de burndown, os story points são representados nos eixos. Por exemplo, o eixo Y pode ter story points de 0 a 100, que representam o esforço, e o eixo X pode ter story points de 1 a 30, que correspondem aos dias que faltam para concluir o trabalho.
Meta do sprint: por último, um gráfico de burndown efetivo contém uma meta geral do sprint. Por exemplo, a meta do seu sprint pode ser uma linha reta de esforço a 50% em 12 dias. Embora o seu trabalho real possa não atingir essa meta exata, é aconselhável ter um objetivo para fazer as tarefas progredirem.
Ainda que os gráficos de burndown sejam ótimos para avaliar rapidamente a relação entre o trabalho remanescente e o tempo para a sua conclusão, eles não mostram toda a trajetória do projeto. Por exemplo, um gráfico de burndown não mostra as mudanças no projeto, o que dificulta saber se estas mudanças ocorreram porque estão sendo realizados itens do backlog ou se houve uma alteração nos story points.
É por isso que os gráficos de burndown são, muitas vezes, combinados com o backlog do produto, gerido pelo responsável pelo produto, e com um processo de controle de mudanças para acompanhar o progresso de forma mais eficaz.
Agora que já sabe o que é o gráfico de burndown, como você, o gestor do projeto, vai criar um? Estes gráficos podem parecer simples, mas você precisa realizar algumas etapas antes de finalizar o seu gráfico.
Desde estimar o esforço até acompanhar o progresso diário, vamos dar uma olhada nos cinco passos para criar um gráfico de burndown e estimar o volume de trabalho necessário.
O primeiro passo para criar um gráfico de burndown é estimar o esforço necessário para concluir um determinado sprint. Podemos fazer isso considerando a linha de base ideal, ou seja, a quantidade ideal de tempo em um período determinado.
Por exemplo, digamos que a sua linha de base ideal é concluir o sprint em 5 dias com um total de 80 horas de trabalho. Isso equivale a 16 horas de trabalho por dia. Desse modo, a sua trajetória de esforço começaria em 80 (representando as 80 horas) e você monitoraria o esforço para os dias restantes. Ficaria da seguinte forma:
Dia 1: 80 horas de trabalho
Dia 2: 64 horas de trabalho
Dia 3: 48 horas de trabalho
Dia 4: 32 horas de trabalho
Dia 5: 16 horas de trabalho.
Depois de estimar o esforço, você pode começar a acompanhar o seu progresso diário e iniciar a linha de burndown.
Com as estimativas em mãos, podemos começar a acompanhar o progresso diário. Isso pode ser feito em um gráfico simples ou em uma ferramenta de cronograma. Acompanhe o tempo de execução de cada tarefa e como o trabalho está avançando em direção à meta.
Veja um exemplo de como poderá ficar o seu progresso diário.
No final do quinto dia, as tarefas deverão somar um total de 80 horas, conforme foi estimado no primeiro passo.
Mapeie cronogramas de projetos com a AsanaApós calcular as estimativas, use um gráfico similar para acompanhar o esforço real para concluir cada tarefa. É possível que seja igual ao esforço estimado, mas é mais provável que seja um pouco diferente, dependendo da complexidade do sprint e se surgirem problemas que podem atrasar o cronograma do projeto.
Provavelmente, a sua linha de trabalho real não será uma reta perfeita quando traçada no gráfico de burndown. É normal ver altos e baixos de esforço, já que a maioria dos projetos enfrentam alguns desvios pelo caminho.
O quarto passo para criar um gráfico de burndown é obter o conjunto final de dados. Estes dados vêm das estimativas iniciais de esforço e dos registros de trabalho real feitos no segundo passo.
Isso pode ser feito ao reunir as estimativas e compará-las com o tempo registrado. Convém deixar os registros de tempo em um espaço compartilhado, para que todos da equipe possam acessar os dados durante o projeto.
Após reunir os dados, podemos começar a traçá-los no gráfico de burndown para obter uma representação visual.
O último passo do processo consiste em traçar os conjuntos de dados no gráfico de burndown. Podemos fazer isso preenchendo o esforço estimado no eixo Y. No exemplo acima, o início seria em 80 horas diminuindo até 16 horas. No eixo X, o início seria o Dia 1 e continuaria até o Dia 5.
Depois de concluir os story points, podemos começar a traçar as linhas do tempo remanescente ideal e do tempo real. Estas linhas provavelmente serão um pouco diferentes, a não ser que o trabalho real tenha sido exatamente igual ao esforço estimado no início.
O gráfico de burndown do nosso exemplo poderia ficar da seguinte forma.
Como se pode ver, a linha do trabalho real é um pouco diferente da ideal. O esforço de trabalho foi maior do que o previsto no início, porém foi menor do que o esperado no final. Portanto, ainda que o caminho tenha sido diferente, o resultado foi o mesmo.
O gráfico de burndown é uma ótima maneira de visualizar o trabalho necessário em relação ao tempo que levará para executá-lo. Por isso, é a ferramenta perfeita para equipes que trabalham em sprints.
Outros benefícios de usar um gráfico de burndown são:
Mostra uma comparação direta: o gráfico de burndown mostra uma comparação direta entre o trabalho que precisa ser feito e o esforço necessário para concluir o sprint. Isso ajuda as equipes a associar tarefas às metas maiores e a manter as tarefas alinhadas às metas do sprint.
Mantém as equipes em sintonia: com o registro diário de esforço e um lugar para visualizar o trabalho necessário, a equipe terá uma fonte de informação para acompanhar e conectar-se às tarefas a serem feitas.
Fornece insights sobre a produtividade da equipe: o gráfico de burndown não só é ótimo para visualizar o trabalho, mas também oferece insights sobre a produtividade e a velocidade da equipe. Se o trabalho real está longe do ideal, você pode ajudar a sua equipe a ser mais produtiva.
Estes benefícios fazem do gráfico de burndown uma ferramenta excelente para acompanhar a carga de trabalho da equipe, o esforço e produtividade. Além disso, é perfeito para aqueles que preferem visualizar as suas tarefas e as metas gerais do projeto.
Leia: Três formas de visualizar um planejamento de projeto: cronogramas, calendários e quadrosAgora que já sabe como ler e usar um gráfico de burndown, você pode criar um. Elaborar um gráfico ajudará a conectar a sua equipe a uma fonte única de informações. Para equipes Scrum que trabalham em projetos Agile, usar este método pode reduzir drasticamente as incertezas ao acompanhar o trabalho remanescente. Além disso, você se capacitará para identificar e prevenir desvios de escopo antes que ocorram.
Se estiver procurando outras formas de alinhar a sua equipe e acompanhar o trabalho, considere usar uma ferramenta de gestão de projetos que faça tudo isso. Desde relacionar tarefas às metas até modelos de planejamento, além de muitas outras funcionalidades, a Asana está ao seu lado para o que precisar.
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